Coleta e análise de amostras do solo. Deverão ser obtidas amostras representativas dos diversos tipos de solo existentes, afim de saber, pelo resultado da análise, quais os corretivos e adubos à usar. Verifica-se pelo aspecto, cor e consistência do solo, se toda a área possui um único tipo de solo ou se ocorrem manchas ou faixas com solos distintos. Isto geralmente ocorre, quando há morros e baixadas, ou em decorrência de usos anteriores da terra para pasto, pomar, plantações, etc.
De cada um desses tipos é preciso recolher uma amostra em separado, composta de cerca de 20 partes de igual volume, retiradas de toda a mancha respectiva.
Cada parte deve conter uma barra de solo extraída de um corte vertical da superfície até 25 cm. de profundidade, usando-se uma pá reta ou trado especial. As 20 barras são misturadas em um balde limpo e da mistura retira-se um litro, devidamente rotulado e acondicionado em saco plástico limpo, para ser analisado. Há diversas firmas que fazem análise em Santa Catarina, portanto é recomendável procurar o escritório da Epagri do Município. A análise à solicitar deve indicar: pH, Carbono ou Matéria orgânica - Fósforo - Potássio - Calcário e Magnésio - Alumínio.
Execução de terraplanagem e aterro.
Marcar no terreno com estacas as áreas em que estão previstas alterações do nível do terreno, indicando as cotas finais de terraplanagem ou aterro.
Ao se aterrar fundos de vales e baixadas, é necessário que antes sejam colocados drenos e retirar a camada de matéria orgânica pluvial.
A compactação com pé de carneiro só deve ser feita nas áreas que serão ocupadas por estradas, construções ou na base de encostas íngremes, pois essa operação impede o desenvolvimento de uma futura arborização.
As áreas terraplenadas ou aterradas deverão ser imediatamente escarificadas com lâmina provida de dentes de 20 cm. em 20 cm. e com 20 cm. de profundidade seguindo as linhas de curva de nível. Sobre a superfície áspera e requebrada assim obtida, deverá ser colocada uma camada de 20 a 25 cm. de espessura de terra-composto, esparramando-se antes pó calcário magnesiano, na dosagem indicada pela análise do solo daquela área. Em seguida nivela-se com rastelo e recobre-se o solo de acordo com a vegetação projetada para o local.
Neutralização e correção do solo.
Uma vez constatada a existência de solo ácido no local, procede-se a sua correção mediante o emprego do uso de pó calcário magnesiano ou dolomítico obedecendo as seguintes proporções:
pH | Solo Arenoso | Solo Argiloso |
4.0-5.0 | 300 g/m2 -400 /m2 | 500 g/m2 -2 X 400 g/m2(*) |
5.0-5.5 | 250 g/m2 -300 /m2 | 400 g/m2 - 500g/m2 |
5.5-7.0 | 200 g/m2 -250 /m2 | 300 g/m2 - 400 g/m2 |
(*) Aplicar uma dose ao solo antes do plantio e a segunda como cobertura, após um ano.
Deverá ser observado um prazo mínimo de 20 dias entre a aplicação de calcário e qualquer adubação.
Um comentário:
A recomendação de calcário está totalmente equivocada.
A amostragem de solo deve ser feita somente apos a terraplenagem.
Att.
prof. dr. Emerson Iossi
Eng. Agronomo
(atribuição profissional em Paisagismo)
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