Paisagista de Joinville foi um dos palestrantes do
Plantarum Summit, um dos mais importantes eventos do setor no Brasil. Falando
sobre o uso da cor, Jordi Castan destacou que o paisagismo não é estático, mas
arte viva.
O que aconteceu à cor no paisagismo? E por que a cor
desapareceu da vida cotidiana? Foi a partir dessas reflexões que o paisagista
Jordi Castan fez uma palestra no Plantarum Summit 2025, evento realizado no
Jardim Botânico Plantarum, em Nova Odessa (SP). É um encontro que todos os anos
reúne alguns dos maiores nomes da botânica, paisagismo e jardinagem do Brasil.
Tendo a cor como tema central, Jordi Castan falou das
tendências mais recentes na arquitetura e no paisagismo, que apontam para tons suaves e
menos saturados. E fez um alerta a partir de dados estatísticos. Segundo
estudos, os ambientes de trabalho neutros reduzem a produtividade em até 10%,
enquanto os ambientes mais alegres, com mais verde e mais cores aumentam a
eficiência.
Também ressaltou que o excesso de jardins monocromáticos
contrasta com a exuberância da natureza brasileira. “Os projetos hoje buscam
uma reaproximação com a natureza, e essa é uma tendência que veio para ficar. A
pandemia mudou muitas coisas e uma delas é a necessidade que o ser humano tem
de estar mais em contato com o verde, com as plantas e com a natureza”,
defendeu Castan.
O paisagista admite que as paletas mais neutras transmitem
calma e elegância, mas alerta para o risco de empobrecer a
experiência estética. Destacou que, num país como o
Brasil, a própria natureza e a cultura
são ricas em cores vivas. Jordi Castan acrescentou ainda que o paisagismo não deve temer as cores
intensas,
vivas ou vibrantes. Não é apenas
decoração, mas uma questão de identidade, defendeu.
Num auditório lotado por especialistas do setor, a
palestra fez parte do ciclo “Conectando Natureza, Ciência e Paisagismo”. O
paisagista finalizou a intervenção expondo um conceito de trabalho. “O
paisagismo é arte. A expressão artística que se desenvolve ao longo de mais
tempo, que é dinâmica, mutante e em constante evolução. Não se mantém estática.
É arte viva”, defendeu o criador da Boavista Arquitetura Paisagista.
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