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20 outubro 2022

Quanto custa um jardim? 2022

 

Antes de contratar o projeto, o cliente sempre pergunta: quanto vai custar o jardim? A resposta não é simples, porque dependerá de muitas variáveis. O tamanho da área, a sua complexidade, o padrão e os tipos de plantas, a localização, a topografia, os aspectos técnicos envolvidos, como a disponibilidade de materiais e insumos perto do local. 


Um jardim de 50 m² numa cobertura não terá o mesmo custo, por metro quadrado (m²) que outro de 10,000 m² numa fazenda. Temos que calcular sempre o preço por m² e não nos deixar influenciar pelo preço total. Isso porque quando falamos de preço total para jardins diferentes acabamos gerando mal-entendidos e distorcemos o conceito de valor e preço.
O setor da construção civil, no Brasil, utiliza o CUB (Custo Unitário Básico) como uma referência de preço e custo, e é importante entender este conceito. O cliente sabe que o preço da sua obra será o resultado de multiplicar o número de metros quadrados pelo valor do CUB. Poderá ainda calcular alguns ajustes de acordo com o padrão da obra, mas terá uma base de cálculo para poder orçar com precisão antes de iniciar a construção.



No paisagismo isso nem sempre acontece. Imaginemos uma floreira numa cobertura, em que todos os materiais têm que subir pelo elevador. Muitos condomínios residenciais definem horários rígidos para entrada de materiais e para a realização de trabalhos de manutenção, o que reduz muito o tempo útil de trabalho. O resultado é que a obra acaba custando mais. A mesma floreira, se estivesse situada na planta baixa do mesmo edifício, poderia chegar a custar até 40% menos, utilizando as mesmas plantas e materiais. O mesmo acontece com cada tipo de jardim. Um canteiro com bromélias, orquídeas ou plantas de alto valor unitário terá um custo por m² superior a um jardim com grama ou forrações. O tamanho e a qualidade das plantas têm um peso importante na hora de calcular o custo final do jardim. Podemos especificar árvores de 2,00 m de altura e um DAP (Diâmetro a Altura do Peito) de 2 a 3 cm, ou árvores de 4,00 a 5,00 m e um DAP de 15 a 20 cm, e o preço poderá variar de poucas dezenas de reais a milhares de reais por unidade.

Certa vez, tivemos duas situações interessantes. No projeto de uma indústria, o cliente nos informou que teríamos um orçamento de R$ 150 mil para o projeto e a execução. O cliente estava nos dizendo que poderíamos elaborar um bom projeto e que não faltariam recursos para fazer um bom jardim.
Olhando a planta e num cálculo rápido, comentamos que a área total a ser trabalhada seria de mais de 100.000 m² e que mesmo com grandes áreas de gramado, como estava previsto, o custo não seria inferior a R$ 1 milhão e que provavelmente ficaria mais perto do R$ 1,5 milhão. No primeiro momento ficou surpreso. Achava que tinha previsto um orçamento suficiente para o projeto de paisagismo e a execução do jardim. Fizemos algumas contas rápidas e na hora percebeu que com o orçamento previsto nem conseguiria colocar grama em toda a área, sem considerar nenhum outro investimento adicional.


Este exemplo não é um caso isolado. No projeto de um condomínio residencial o orçamento era de pouco mais de R$ 60 mil para aproximadamente 2.000 m² de jardim. O investimento do empreendimento foi de mais de R$ 15 milhões e para paisagismo o total representava menos de 0,5% do total do investimento, um valor desproporcionalmente baixo para um empreendimento de aquele padrão. Outra situação é a que encontramos na hora de projetar ou executar um jardim pequeno. Às vezes, do tamanho de uma floreira. Nestes casos, os custos básicos de visita, trabalho de escritório e acompanhamento, representam um valor significativo para um trabalho pequeno em área, mas complexo e envolvente. Neste caso o custo por m² de jardim pode chegar a milhares de reais.

Estes são parte dos dilemas que enfrentamos na hora de responder a pergunta: quanto custa o jardim? Com mais de 35 anos de experiência e mais de mil projetos executados, temos compartilhado com os nossos clientes a lógica do CUP (Custo Unitário de Paisagismo). Ela nos permite informar quando contrata o projeto qual será o custo aproximado da execução. Desenvolvemos três níveis de custo, de acordo com as variáveis que devem ser consideradas e logicamente estes valores mudam de região para região, mas mantém a sua lógica e proporção. No nosso caso a nossa base de calculo é Santa Catarina.



Nível A – Jardins mais simples
Uso de plantas de menor porte, menor densidade de plantio e espécies mais rústicas. São jardins com extensões maiores de grama ou forrações. Com árvores de porte menor, até 2 m de altura e menor quantidade de canteiros de flor. Basicamente são jardins com plantas perenes e baixo custo de manutenção. É o padrão para grandes áreas, para projetos imobiliários mais econômicos. Incluem alguns bancos e áreas de pisos, mas preferencialmente utilizam pisos permeáveis de pó de brita ou saibro compactado para os caminhos e circulações.

Nível B – Jardins de padrão médio
Uso de árvores de porte médio, com canteiros de flor e arbustos floríferos.
Maior densidade de plantio e utilização de plantas e flores de maior qualidade e preço. Árvores de até 4 metros de altura, palmeiras de 3 a 4 metros e arbustos de mais de 1 metro de altura. Plantas bem desenvolvidas e com maior padrão. Com utilização de chips, adubos de lenta liberação e materiais de acabamento diferenciados. Incorporam equipamentos básicos como bancos e playgrounds de baixa complexidade.

Nível C – São os jardins de alto padrão
Uso de plantas exemplares. Árvores de mais de 5 metros de altura, que
requerem, na construção, da utilização de equipamentos pesados como
guindastes e escavadeiras, com obras de complexidade como lagos,
córregos, pergolados, áreas de lazer e playgrounds.


Quais os valores para cada nível?
Um jardim do nível A terá um custo entre R$85 e R$115 por m². Um jardim de nível B custaria entre R$125 e R$150 por m² e para os de nível C o custo por m² se situa entre os R$175 e os R$300 também por m². Entendendo que neste último caso o céu é o limite. Um jardim vertical com orquídeas ou bromélias pode custar até 10 vezes este preço. O objetivo não é definir uma “tabela” de preços e sim compartilhar os preços praticados pelo mercado no estado de Santa Catarina.


Um alerta
Desconfie de preços muito baixos. Preços abaixo dos custos significam
problemas ou na qualidade das plantas, ou na troca das plantas
especificadas por outras de preço e tamanho inferior. Preços baixos demais significam economia no preparo do solo, nas quantidades de fertilizante, na profundidade de preparo, no tamanho das covas, ou trabalhar com funcionários sem registro, sem equipamentos de segurança e sem treinamento adequados. Não há milagres. Investir num projeto para depois economizar centavos na hora da execução é um erro muito comum. Um erro cometido na maioria das vezes por desconhecimento. Quando não se dispõe de muito dinheiro é preferível investir no preparo do solo e comprar mudas menores, que depois crescerão. O bom preparo do solo é o alicerce de todo bom jardim. Um bom projeto especifica as quantidades, os tamanhos, as embalagens e as densidades de plantio. Assim é mais fácil evitar problemas posteriores.


17 dezembro 2018

Como reduzir os custos de manutenção do jardim - Podas (3)

Como reduzir os custos de manutenção do jardim (3)

Podar ou não podar? esta é a questão. Se acompanhamos atentamente o trabalho do jardineiro veremos que cada vez mais, mais tempo é dedicado a poda dos arbustos. A moda da topiaria tem feito que os jardins tenham cada dia mais plantas topiadas e esta é uma atividade que toma tempo e tem um custo elevado. Mas é preciso podar? É mesmo necessário podar do jeito e com a frequência que o estamos fazendo, ou tudo isso não é mais que um desperdício de tempo e principalmente de mão de obra e por tanto de dinheiro? Uma manutenção mais econômica e mais natural deve reduzir as podas ao mínimo necessário.




Podas

Nada contra os buxinhos (Buxus sempervirens) nem contra as murtas (Murraya paniculata) ou contra as mini pitangas (Eugenia matosii) mas nenhuma destas plantas e tantas outras, não precisariam ser topiadas. A topiaria alias teve seu início no império romano e era trabalho feito por escravos, depois teve seu auge nos jardins franceses de Versailles, onde os arbustos que formavam os canteiros e as cercas vivas eram cuidadosamente podados por um exercito de jardineiros que com milimétrica precisão não permitiam que uma única folha estivesse fora do alinhamento perfeito.




A nossa realidade hoje não pode conviver com este tipo de jardins, sua manutenção é custosa e exige a presença constante de jardineiros que preservem a forma e o tamanho de cada um dos arbustos. Para um jardim sustentável devemos considerar um projeto mais natural, com formas menos rígidas e que não precise de podas constantes.
A pergunta seguinte é logica: “Então não é preciso podar?” Sim. Precisamos podar regularmente. Para manter um jardim em boas condições de sanidade e para manter a escala ou até para ter uma melhor floração e desenvolvimento as plantas devem ser podadas. Para isso devemos entender que há diversos tipos de podas e que cada uma delas tem a sua função e importância. As podas mais importantes são:

- Manutenção

- Formação

- Floração

A poda de manutenção tem como objetivo que a planta mantenha o tamanho previsto no projeto, na sua etapa adulta. Além de manter o tamanho e o porte a poda de manutenção busca manter a forma natural de cada planta, corrigindo deformações resultado da sua localização, da insolação ou de manutenções incorretas, inclusive por acidentes naturais. A poda de manutenção não tem uma frequência preestabelecida, mas podemos considerar que seja necessária no máximo uma única vez ao ano.

No seu estagio juvenil a maioria de plantas precisam de podas de formação para ajudar a que se desenvolvam bem, se mantenham mais sadias e possam alcançar o estado adulto em perfeitas condições. Esta poda implica a retirada do excesso de galhos, a priorização dos galhos principais e a supressão de galhos magros, doentes ou em duplicidade. Deve ser feita na fase de formação da planta, período que dependerá da vida útil de cada planta. No máximo uma ou duas vezes ao ano. Algumas vezes esta poda se faz necessária para corrigir, no momento imediatamente posterior ao plantio, os defeitos que possam ser resultado de um mal cultivo inicial ou de deformações naturais.

Cada planta tem características próprias e a maioria delas precisa, para ter uma maior floração, ser podada na época adequada e da forma certa. Há uma relação direta entre poda e floração, plantas que não sejam podadas corretamente florescem menos, se desenvolvem pior e acabam muitas vezes morrendo ou perdendo vigor até o ponto que seja necessário substitui-las por outras novas ou mais sadias. Para poder realizar estas podas da forma adequada é preciso conhecer cada planta, saber a época de floração, saber quando e como podar e lamentavelmente a maioria dos jardineiros não profissionais não tem este conhecimento. Por isso é comum ver plantas não florescer por falta de poda na época certa, o até morrer por podas incorretas. 




Bons exemplos de plantas que precisam de podas para florescer melhor são as roseiras (Rosa sp), as espirradeiras (Nerium oleander) Hortensias (Hidrangea macrophylla) ou os resedás (Lagerstroemia indica), Hemerocallis, Russelias, Plumbagos e Alamandas são outras que precisam ser podadas uma vez ao ano para manter o vigor e intensidade das suas florações.

Nem a poda de manutenção, nem a de formação, nem a de floração devem ser confundidas com a poda estética ou topiaria que tem como único objetivo manter uma planta com um tamanho e uma forma que não lhe são naturais, mas que tem um objetivo estético e não vegetativo ou funcional. Assim que seria melhor esquecer um pouco a topiaria como uma alternativa e permitir que as plantas adquiram seu porte, forma e características naturais.


29 outubro 2018

Como reduzir e manter baixos os custos de manutenção de um jardim? Mão de obra (1)

Os custos de manutenção são como o cabelo e as unhas, nunca deixam de aumentar e para não reduzir a qualidade de um jardim, cortando onde não se deve reduzir é necessário saber o que devemos fazer para manter os custos dos serviços de jardinagem baixos e estáveis.
O projeto feito pelo paisagista terá um forte impacto no custo posterior de manutenção por isso é importante compreender que um jardim inicialmente barato, pode converter-se num pesadelo no futuro. O velho dito de que o barato sai caro é especialmente verdadeiro quando se trata de um jardim.

É comum que as incorporadoras e construtoras, quando se trata de prédios e conjuntos residenciais, se concentrem em reduzir os custos de implantação do jardim, sem considerar os custos posteriores de manutenção e reposição. Por isso é importante que haja uma preocupação de todos em não só projetar um jardim bonito, mas em que este jardim possa ser mantido com custos baixos que não acabem comprometendo seu desenvolvimento futuro e sua sustentabilidade.

Quais são os custos a considerar?

Mão de obra

O custo que mais peso tem na manutenção de qualquer projeto paisagístico é o da mão de obra. Salários e obrigações trabalhistas aumentam constantemente e devem ser repassados ao cliente. Por isso é importante dispor de todos os equipamentos e ferramentas que permitam um serviço mais eficiente. Neste ponto o projeto joga um papel determinante, áreas de grama pequenas que exijam cortes frequentes são caras de manter, muitos canteiros de flor que precisem ser repostas com frequência também tem custo alto e com o tempo tendem a ser trocados por plantas perenes o que acabam modificando o projeto original. Arbustos mantidos em forma de bola ou canteiros que exijam podas constantes também devem ser evitados porque exigem muito tempo e trabalho da equipe de jardinagem.

Quantos jardineiros são necessários? Como medir a produtividade? Como melhorar a produtividade da equipe sem perder a qualidade do jardim ou deturpar completamente o projeto original são os maiores desafios. Como base de referência, devemos considerar que precisaremos de um jardineiro profissional, para cada 1,25 Has de jardim, ou para cada 12.500 m2.

Neste ponto é importante entender que pode não ser bom negocio contratar “roçadores de grama” sem qualificação em lugar de jardineiros, porque o custo de refazer completamente o jardim depois de um tempo será muito maior que a economia que foi feita. Um mal profissional pode destruir completamente um jardim, comprometendo-o para sempre. Por isso a premissa que o barato sai caro neste caso volta a ser verdadeira.

Há no mercado cursos para qualificação de jardineiros, que não devem ser confundidos com os cursos de paisagismo, um jardineiro deve saber quando e como podar, com que frequência adubar e qual o tipo e a quantidade de adubo necessária, quais são as flores adequadas para cada estação e local e como utilizar corretamente cada ferramenta e equipamento de forma segura. Sem esquecer que deve estar equipado adequadamente para fazer o seu trabalho corretamente.


Continuará...

19 junho 2015

Continente Park Shopping | Muro de Arrimo

Boa tarde,
Lembra do projeto que falamos essa semana ?
Essas são fotos do Muro de Arrimo com pedras do terreno.
Para não ter um aspecto totalmente árido a alternativa foi o plantio de especies como a Clusia fluminensis e os Philodendro "Burle Marx" e bipinnatifidum.
Tais plantas resistem muito bem as condições de pouco volume de terra e vento constante.
Um bom exemplo onde o Paisagismo pode contribuir para uma cidade mais agradável




02 abril 2015

Elementos Construídos no Jardim

Boa Tarde,
Em Abril iremos falar um pouco sobre os elementos construídos que podem compor o jardim; pergolados, decks, piscinas, caminhos e bancos.
Afinal de contas o jardim também é um espaço para ser usado e aproveitado.
Voltamos com mais novidades depois do feriado.
Ótima Pascoa a todos.



29 junho 2010

Jardinagem exige criatividade


Além de uma técnica apurada e conhecimento das plantas, os profissionais dedicados a jardinagem devem ter conhecimentos de composição e do uso das cores.

Informe-se antes de contratar uma empresa de jardinagem, utilize sempre os serviços das empresas que este blog recomenda.

28 abril 2010

26 janeiro 2010

Humor


Para quem quer aplicar as mais modernas técnicas de produtividade e ergonomia, uma imagem interessante, o equipamento é simples um quadriciclo e uma roçadeira de grama.

Só empresas de vanguarda, se destacam pela sua criatividade e pela sua capacidade inovação.