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17 dezembro 2018

Como reduzir os custos de manutenção do jardim - Podas (3)

Como reduzir os custos de manutenção do jardim (3)

Podar ou não podar? esta é a questão. Se acompanhamos atentamente o trabalho do jardineiro veremos que cada vez mais, mais tempo é dedicado a poda dos arbustos. A moda da topiaria tem feito que os jardins tenham cada dia mais plantas topiadas e esta é uma atividade que toma tempo e tem um custo elevado. Mas é preciso podar? É mesmo necessário podar do jeito e com a frequência que o estamos fazendo, ou tudo isso não é mais que um desperdício de tempo e principalmente de mão de obra e por tanto de dinheiro? Uma manutenção mais econômica e mais natural deve reduzir as podas ao mínimo necessário.




Podas

Nada contra os buxinhos (Buxus sempervirens) nem contra as murtas (Murraya paniculata) ou contra as mini pitangas (Eugenia matosii) mas nenhuma destas plantas e tantas outras, não precisariam ser topiadas. A topiaria alias teve seu início no império romano e era trabalho feito por escravos, depois teve seu auge nos jardins franceses de Versailles, onde os arbustos que formavam os canteiros e as cercas vivas eram cuidadosamente podados por um exercito de jardineiros que com milimétrica precisão não permitiam que uma única folha estivesse fora do alinhamento perfeito.




A nossa realidade hoje não pode conviver com este tipo de jardins, sua manutenção é custosa e exige a presença constante de jardineiros que preservem a forma e o tamanho de cada um dos arbustos. Para um jardim sustentável devemos considerar um projeto mais natural, com formas menos rígidas e que não precise de podas constantes.
A pergunta seguinte é logica: “Então não é preciso podar?” Sim. Precisamos podar regularmente. Para manter um jardim em boas condições de sanidade e para manter a escala ou até para ter uma melhor floração e desenvolvimento as plantas devem ser podadas. Para isso devemos entender que há diversos tipos de podas e que cada uma delas tem a sua função e importância. As podas mais importantes são:

- Manutenção

- Formação

- Floração

A poda de manutenção tem como objetivo que a planta mantenha o tamanho previsto no projeto, na sua etapa adulta. Além de manter o tamanho e o porte a poda de manutenção busca manter a forma natural de cada planta, corrigindo deformações resultado da sua localização, da insolação ou de manutenções incorretas, inclusive por acidentes naturais. A poda de manutenção não tem uma frequência preestabelecida, mas podemos considerar que seja necessária no máximo uma única vez ao ano.

No seu estagio juvenil a maioria de plantas precisam de podas de formação para ajudar a que se desenvolvam bem, se mantenham mais sadias e possam alcançar o estado adulto em perfeitas condições. Esta poda implica a retirada do excesso de galhos, a priorização dos galhos principais e a supressão de galhos magros, doentes ou em duplicidade. Deve ser feita na fase de formação da planta, período que dependerá da vida útil de cada planta. No máximo uma ou duas vezes ao ano. Algumas vezes esta poda se faz necessária para corrigir, no momento imediatamente posterior ao plantio, os defeitos que possam ser resultado de um mal cultivo inicial ou de deformações naturais.

Cada planta tem características próprias e a maioria delas precisa, para ter uma maior floração, ser podada na época adequada e da forma certa. Há uma relação direta entre poda e floração, plantas que não sejam podadas corretamente florescem menos, se desenvolvem pior e acabam muitas vezes morrendo ou perdendo vigor até o ponto que seja necessário substitui-las por outras novas ou mais sadias. Para poder realizar estas podas da forma adequada é preciso conhecer cada planta, saber a época de floração, saber quando e como podar e lamentavelmente a maioria dos jardineiros não profissionais não tem este conhecimento. Por isso é comum ver plantas não florescer por falta de poda na época certa, o até morrer por podas incorretas. 




Bons exemplos de plantas que precisam de podas para florescer melhor são as roseiras (Rosa sp), as espirradeiras (Nerium oleander) Hortensias (Hidrangea macrophylla) ou os resedás (Lagerstroemia indica), Hemerocallis, Russelias, Plumbagos e Alamandas são outras que precisam ser podadas uma vez ao ano para manter o vigor e intensidade das suas florações.

Nem a poda de manutenção, nem a de formação, nem a de floração devem ser confundidas com a poda estética ou topiaria que tem como único objetivo manter uma planta com um tamanho e uma forma que não lhe são naturais, mas que tem um objetivo estético e não vegetativo ou funcional. Assim que seria melhor esquecer um pouco a topiaria como uma alternativa e permitir que as plantas adquiram seu porte, forma e características naturais.


31 outubro 2018

Como reduzir os custos de manutenção do jardim - Gramados e forrações (2)

O maior problema com a manutenção do jardim são os custos crescentes, para minimizar o impacto destes custos alguns pontos podem ser considerados já na concepção do projeto do jardim.



Gramados e forrações

Normalmente a maior parte da área do jardim é composta por gramados e forrações, por isso é importante reduzir os custos de manutenção. Áreas maiores de gramado continuo são sempre mais econômicas para manter, que a mesma quantidade de metros quadrados divididos em pequenos canteiros. Devem ser evitadas áreas gramadas de menos de 100 m2. Áreas grandes permitem corte com maior facilidade, podem ser utilizados equipamentos maiores e mais eficientes. Prefira aqueles que tenham tração própria ou ainda em grandes espaços devem ser priorizados pequenos tratores ou roçadeiras autoportantes que permitam ser conduzidas pelo operador, porque tem maior velocidade e tem melhor rendimento. 
O corte de grama ou de forrações com equipamentos manuais ou costais deve ser evitado ou no pior dos casos restrito as áreas menores ou em que a inclinação, o acesso ou as características topográficas não permitam o uso de outro tipo de maquinas e equipamentos. Roçadeiras que utilizam fio de nylon para corte tem baixa produtividade e proporcionam um corte de péssima qualidade, mas tem como vantagem principal o seu baixo custo de aquisição e a sua resistência e o baixo custo de operação, sempre que possível escolha maquinas com corte que permita afiação, assim o corte será mais limpo, a planta sentirá menos e a recuperação será melhor e mais rápida.

O custo de manutenção das áreas gramadas tem uma relação direta entre a superfície, o tipo de planta escolhida e a frequência de corte. Ponto importante a considerar é o número de vezes que um gramado ou um canteiro de forração precisará ser cortado ao longo do ano. Em geral um gramado com grama esmeralda ou similar deverá ser cortado em média 12 vezes ao ano. A cada 21 dias no verão, uma vez por mês na primavera e no outono e a cada 45 dias em inverno, em locais com invernos mais rigorosos. em regiões mais quentes será preciso uma frequência maior. Maior frequência quer dizer mais custos, custos de energia, de combustível e principalmente de mão de obra. Dependendo do formato, do tamanho e do tipo de jardim o trabalho será ainda maior e será preciso fazer recortes e manutenções mais frequentes.



A utilização de forrações é uma alternativa interessante, porque permite ter custos menores e principalmente agregam cor, textura e criam um diferencial que pode ser bem explorado no projeto. A diferencia entre gramados e forrações basicamente tem a ver com o uso que se dará ao espaço, se houver um pisoteio intenso será preciso usar grama, mas para a maioria das situações as forrações são a melhor alternativa. É bom prestar atenção porque há plantas que são chamadas por jardineiros e aficionados de “gramas” mas que na realidade são forrações, este é o caso de grama preta (Ophiopogon japonicus) ou da grama amendoim (Arachis próstata) a pesar de ser denominadas “gramas” são forrações que não aguentam o pisoteio intenso. A maior vantagem das forrações é seu baixo custo de manutenção, a maioria precisa de um ou dois cortes por ano e algumas nem precisam de outro cuidado que adubações periódicas e o controle eventual do mato.