31 outubro 2018

Como reduzir os custos de manutenção do jardim - Gramados e forrações (2)

O maior problema com a manutenção do jardim são os custos crescentes, para minimizar o impacto destes custos alguns pontos podem ser considerados já na concepção do projeto do jardim.



Gramados e forrações

Normalmente a maior parte da área do jardim é composta por gramados e forrações, por isso é importante reduzir os custos de manutenção. Áreas maiores de gramado continuo são sempre mais econômicas para manter, que a mesma quantidade de metros quadrados divididos em pequenos canteiros. Devem ser evitadas áreas gramadas de menos de 100 m2. Áreas grandes permitem corte com maior facilidade, podem ser utilizados equipamentos maiores e mais eficientes. Prefira aqueles que tenham tração própria ou ainda em grandes espaços devem ser priorizados pequenos tratores ou roçadeiras autoportantes que permitam ser conduzidas pelo operador, porque tem maior velocidade e tem melhor rendimento. 
O corte de grama ou de forrações com equipamentos manuais ou costais deve ser evitado ou no pior dos casos restrito as áreas menores ou em que a inclinação, o acesso ou as características topográficas não permitam o uso de outro tipo de maquinas e equipamentos. Roçadeiras que utilizam fio de nylon para corte tem baixa produtividade e proporcionam um corte de péssima qualidade, mas tem como vantagem principal o seu baixo custo de aquisição e a sua resistência e o baixo custo de operação, sempre que possível escolha maquinas com corte que permita afiação, assim o corte será mais limpo, a planta sentirá menos e a recuperação será melhor e mais rápida.

O custo de manutenção das áreas gramadas tem uma relação direta entre a superfície, o tipo de planta escolhida e a frequência de corte. Ponto importante a considerar é o número de vezes que um gramado ou um canteiro de forração precisará ser cortado ao longo do ano. Em geral um gramado com grama esmeralda ou similar deverá ser cortado em média 12 vezes ao ano. A cada 21 dias no verão, uma vez por mês na primavera e no outono e a cada 45 dias em inverno, em locais com invernos mais rigorosos. em regiões mais quentes será preciso uma frequência maior. Maior frequência quer dizer mais custos, custos de energia, de combustível e principalmente de mão de obra. Dependendo do formato, do tamanho e do tipo de jardim o trabalho será ainda maior e será preciso fazer recortes e manutenções mais frequentes.



A utilização de forrações é uma alternativa interessante, porque permite ter custos menores e principalmente agregam cor, textura e criam um diferencial que pode ser bem explorado no projeto. A diferencia entre gramados e forrações basicamente tem a ver com o uso que se dará ao espaço, se houver um pisoteio intenso será preciso usar grama, mas para a maioria das situações as forrações são a melhor alternativa. É bom prestar atenção porque há plantas que são chamadas por jardineiros e aficionados de “gramas” mas que na realidade são forrações, este é o caso de grama preta (Ophiopogon japonicus) ou da grama amendoim (Arachis próstata) a pesar de ser denominadas “gramas” são forrações que não aguentam o pisoteio intenso. A maior vantagem das forrações é seu baixo custo de manutenção, a maioria precisa de um ou dois cortes por ano e algumas nem precisam de outro cuidado que adubações periódicas e o controle eventual do mato.

2 comentários:

Teste disse...

Qual seria o consumo mensal de água para um gramado de 600 m2?

Jordi C disse...

Um gramado pode consumir ate 100 litros de água por m2 por dia, num dia de verão quente.
Gramados são grandes consumidores de água.