28 fevereiro 2009

Grandes espaços, pequenos espaços


Como abordar o paisagismo quando enfrentamos dia a dia realidades tão distintas, espaços tão diversos e propostas com complexidades diferentes?

O primeiro ponto que devemos ter presente é o de que cada caso é um caso e que não tem nem dois projetos iguais, nem dois clientes iguais, nem duas realidades iguais. E a partir desta premissa elaborar propostas adequadas para cada caso.

Jardins maiores, grandes parques e espaços públicos de dimensões maiores pedem uma abordagem macro, uma maior preocupação com o entorno e com a escala. Sem correr o risco de cair em monumentalidades e gigantismos, devemos buscar um equilíbrio que leve o projeto a trabalhar a escala humana, a valorizar cada um dos espaços que se criam e como buscar a interatividade dos espaços. Evitar trabalhar o espaço como um decorado, como um cenário, bonito, porem sem vida.

O jogo entre escala e proporção, entre perspectiva e os diversos pontos de vista que se criam a medida que nos adentramos no jardim, deve ainda ser ressaltado pelas cores, as texturas e o inevitável equilíbrio entre luz e sombra.

Espaços menores exigem um maior nível de detalhe, um elevado grau de atenção e um estudo apurado das espécies a utilizar, para que o jardim não perca em pouco tempo, a forma e as características previstas. Algumas plantas pelo seu vigor e desenvolvimento mudam em pouco tempo de tamanho, e podem acabar se convertendo em verdadeiras invasoras, tanto pela sua dominância, como pelo seu tamanho. Espaços limitados, como floreiras, vasos ou inclusive espaços internos, exigem um estudo mais conciso e detalhado, um esforço maior da equipe e uma execução primorosa.

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