04 setembro 2019

Quanto custa um jardim? 2019




Este post tem sido um dos mais acessados aqui no blog e resolvemos atualizar os valores para mantê-lo atualizado.


Quanto custa um jardim?

Antes de contratar o projeto, o cliente sempre pergunta: quanto vai custar o jardim? A resposta não é simples, porque dependerá de muitas variáveis. O tamanho da área, a complexidade da obra, o padrão e os tipos de plantas, o lugar ou aspectos técnicos, como a disponibilidade de materiais e insumos perto do local. Um jardim de 50 m² numa cobertura não terá o mesmo custo que outro de 10,000 m² numa fazenda. Temos que calcular sempre o preço por m² e não nos deixar influenciar pelo preço total. Isso porque quando falamos de preço total para jardins diferentes acabamos gerando mal entendidos e distorcemos o conceito de valor e preço.

O setor da construção civil utiliza o CUB (Custo Unitário Básico) como uma referência de preço e custo, e é importante entender este conceito. O cliente sabe que o preço da sua obra será o resultado de multiplicar o número de metros quadrados pelo valor do CUB. Poderá ainda calcular alguns ajustes de acordo com o padrão da obra, mas terá uma base de cálculo para poder orçar com precisão antes de iniciar a construção.

No paisagismo isso nem sempre acontece. Imaginemos uma floreira numa cobertura, em que todos os materiais têm que subir pelo elevador. Muitos condomínios residenciais definem horários rígidos para entrada de materiais e para a realização de trabalhos de manutenção, o que reduz muito o tempo útil de trabalho. O resultado é que a obra acaba custando mais. A mesma floreira, se estivesse alocada na planta baixa do mesmo edifício, poderia chegar a custar até 40% menos, utilizando as mesmas plantas e materiais. O mesmo acontece com o tipo de jardim. Um canteiro com bromélias, orquídeas ou plantas de alto valor unitário terá um custo por m² superior a um jardim com grama ou forrações. O tamanho e a qualidade das plantas tem um peso importante na hora de calcular o custo final do jardim. Podemos especificar árvores de 2,00 m de altura e um DAP (Diâmetro a Altura do Peito) de 2 a 3 cm, ou árvores de 4,00 a 5,00 m e um DAP de 15 a 20 cm, e o preço poderá variar de poucas dezenas de reais a milhares de reais por unidade.

Certa vez, tivemos duas situações interessantes. No projeto de uma indústria, o cliente nos informou que teríamos um orçamento de R$ 150 mil para o projeto e a execução. O cliente estava nos dizendo que poderíamos elaborar um bom projeto e que não faltariam recursos para fazer um bom jardim. Olhando a planta e num cálculo rápido, comentei que a área total a ser trabalhada seria de mais de 100.000 m² e que mesmo com grandes áreas de gramado, como estava previsto, o custo não seria inferior a R$ 1 milhão e que provavelmente ficaria mais perto do R$ 1,5 milhão. No primeiro momento ficou surpreso. Achava que tinha previsto um orçamento suficiente para o projeto de paisagismo e o jardim. Fizemos algumas contas e na hora percebeu que com o orçamento previsto nem conseguiria colocar grama em toda a área, sem considerar nenhum outro investimento adicional.

Este exemplo não é um caso isolado. No projeto de um condomínio residencial o orçamento era de pouco mais de R$ 60 mil para aproximadamente 2.000 m² de jardim. O investimento do empreendimento foi de mais de R$ 15 milhões e para paisagismo o total representa menos de 0,5% do total do investimento. Outra situação é a que encontramos na hora de projetar ou executar um jardim pequeno. Às vezes, do tamanho de uma floreira. Nestes casos, os custos básicos de visita, trabalho de escritório e acompanhamento, representam um valor significativo para um trabalho pequeno em área, mas complexo e envolvente. Neste caso o custo por m² de jardim pode chegar a milhares de reais.

Estes são parte dos dilemas que enfrentamos na hora de responder a pergunta: quanto custa o jardim? Com mais de 30 anos de experiência e quase mil projetos executados, temos compartilhado com os nossos clientes a lógica do CUP (Custo Unitário de Paisagismo). Ela nos permite informar na hora em que contrata o projeto qual será o custo aproximado da execução. Desenvolvemos três níveis de custo, de acordo com as variáveis que devem ser consideradas e logicamente estes valores mudam de região para região, mas mantém a sua lógica e proporção.

Nível A – Jardins mais simples
Uso de plantas de menor porte, menor densidade de plantio e espécies mais rústicas. São jardins com extensões maiores de grama ou forrações. Com árvores de porte menor, até 2 m de altura e menor quantidade de canteiros de flor. Basicamente são jardins com plantas perenes e baixo custo de manutenção. É o padrão para grandes áreas, para projetos imobiliários mais econômicos. Incluem alguns bancos e áreas de pisos, mas preferencialmente utilizam pisos permeáveis de pó de brita ou saibro compactado para os caminhos e circulações.

Nível B – Jardins de padrão médio
Uso de árvores de porte médio, com canteiros de flor e arbustos floríferos. Maior densidade de plantio e utilização de plantas e flores de maior qualidade e preço. Árvores de até 4 metros de altura, palmeiras de 3 a 4 metros e arbustos de mais de 1 metro de altura. Plantas bem desenvolvidas e com maior padrão. Com utilização de chips, adubos de lenta liberação e materiais de acabamento diferenciados. Incorporam equipamentos básicos como bancos e playgrounds de baixa complexidade.

Nível C – São os jardins de alto padrão
Uso de plantas exemplares. Árvores de mais de 5 metros de altura, que requerem, na construção, da utilização de equipamentos pesados como guindastes e escavadeiras, com obras de complexidade como lagos, córregos, pergolados, áreas de lazer e playgrounds.

Quais os valores para cada nível?

Um jardim do nível A terá um custo entre R$60 e R$80 por m². Um jardim de nível B custaria entre R$90 e R$120 por m² e para os de nível C o custo por m² se situa entre os R$120 e os R$250 também por m². Entendendo que neste último caso o céu é o limite. Um jardim vertical com orquídeas pode custar até 10 vezes este preço. O objetivo não é definir uma “tabela” de preços e sim compartilhar os preços praticados pelo mercado na região norte de Santa Catarina.

Um alerta
Desconfie de preços muito baixos. Preços abaixo dos custos significam problemas ou na qualidade das plantas, ou na troca das plantas especificadas por outras de preço e tamanho inferior. Preços baixos demais significam economia no preparo do solo, nas quantidades de fertilizante, na profundidade de preparo, ou trabalhar com funcionários sem registro, sem equipamentos de segurança e sem treinamento adequados. Não há milagres. Investir num projeto para depois economizar centavos na hora da execução é um erro muito comum. Um erro cometido na maioria das vezes por desconhecimento. Quando não se dispõe de muito dinheiro é preferível investir no preparo do solo e comprar mudas menores, que depois crescerão. O preparo do solo é o alicerce de todo bom jardim. Um bom projeto especifica as quantidades, os tamanhos, as embalagens e as densidades de plantio. Assim é mais fácil evitar problemas posteriores.



Para ter acesso ao post atualizado (2021): https://aboavistapaisagismo.blogspot.com/2021/07/quanto-custa-um-jardim-2021.html


24 junho 2019

Vegetação para plantio em taludes



Em áreas inclinadas como taludes e encostas não é recomendado o plantio de grama que precise de cortes freqüentes. Gramas como zoysias, axonopus, cynodon e semelhantes requerem cortes freqüentes, normalmente entre 10 e 12 cortes por ano. O que representa um custo elevado e regular. Corte de gramas em taludes representa ainda um custo maior, porque não pode ser feito com maquinas com rodas ou tracionadas, com o que a única alternativa é o corte com roçadeiras costais, de menor produtividade e de consumo maior. Além de exigir uma manutenção mais freqüente e onerosa. Só por este aspecto o uso de gramas é desaconselhado, além de outros que passaremos a considerar a seguir.

Gramas não devem ser confundidas com forrações, forrações são vegetações de porte baixo, algumas vezes floríferas, que se diferenciam das gramas rasteiras utilizadas para formação de gramados, pela menor resistência a pisoteio das forrações, porem pelo seu menor custo de manutenção e beleza. Algumas forrações são conhecidas comercialmente e entre os aficionados como “gramas”, como é o caso da grama amendoim (Arachis próstata, Arachis próstata, Arachis pintoi) grama preta (Ophiopogon japonicum) o que aumenta ainda mais a confusão entre leigos.

O uso de espécies utilizadas para gramados em jardins, áreas de jogos ou parques para vegetação de taludes e encostas não tem se mostrado a melhor alternativa, porque seu sistema radicular não é suficientemente profundo e resistente, o seu crescimento horizontal e a sua reprodução por estolões não tem o mesmo vigor e desenvolvimento quando em areas inclinadas e ainda a necessidade de cortes freqüentes que asseguram o seu fechamento denso, são outra das desvantagens.

Entre as plantas mais recomendadas para plantio em jardins inclinados estão as Arachis spp, Wedelia spp, Hedera spp entre outras. Para grandes áreas podem ser usadas também plantas perenes e arbustos de porte baixo como Lantana, Seemania, Agapanthus, Hemerocallis privilegiando as mais rústicas e de desenvolvimento mais vigoroso. A escolha de cada espécie dependerá das condições de solo, luminosidade, umidade e desenvolvimento esperado.

29 maio 2019

Pomar no jardim


Pomar no jardim

É muito comum querer um pomar no jardim. O pomar nos traz de volta ao quintal, a fruta colhida da arvore, nos lembra do sabor da fruta acabada de colher, daquela que amadureceu no pé.

Há quem queira fazer do jardim um pomar, plante as arvores alinhadas e queira reproduzir não só um pomar, queira replicar uma produção industrial ou comercial. Quando lembramos que as arvores frutíferas formam parte do nosso entorno e que em algum lugar elas seguem sendo plantas silvestres é bom lembrar que mais que ter um pomar no jardim, podemos fazer do jardim um pomar.

Recomendo aos nossos clientes que plantem frutas nativas, que não plantem aquelas frutas que possam ser compradas na quitanda, mas que priorizem as frutas nativas, aqueles que dificilmente são comercializadas. Alguns me olham meio surpresos quando lhes falo do Cambucá, do araçá vermelho, da Mangava, Jambo, Tucum ou ingá e recomendo plantar além de arvores floridas, arvores frutíferas. Além do prazer de poder colher as frutas que não encontraremos em nenhum supermercado. Arvores frutíferas também atraem pássaros e em áreas maiores podemos plantar arvores que sirvam de alimento exclusivamente para pássaros frutívoros, aqueles que tem sua alimentação basicamente composta por frutas. As aroeiras, palmiteiros, acerolas entre outras são boas opções.

Arvores frutíferas precisam de podas de formação e adubação adequada para florescer e frutificar, mas é bom lembrar que quanto mais silvestre seja a arvore, menos exigente será com relação a podas e adubações. Não devemos esquecer que a maioria de frutíferas precisam de insolação e que o excesso de sombra é uma das causas da redução no número e na qualidade das flores e frutas. Assim que uma boa dica seria a de lembrar quais as frutas que tinham os nossos avôs nos quintais e trazê-las de volta para os nossos jardins.

17 maio 2019

Por que uma guarita não pode estar integrada ao projeto de paisagismo?

O Quisqualis cobre a guarita, a integra com o jardim, e ainda reduz a temperatura interna e protege do sol da tarde.
Projeto de paisagismo e arquitetura quando trabalhados simultaneamente permitem soluções criativas e ofercem melhores alternativas.



Projeto da Boa Vista Paisagismo em Joinville SC

10 maio 2019

Como reduzir os custos de manutenção no jardim (6) - Uso de materia orgánica como cobertura morta


Outono é tempo de folhas secas no jardim.

A cada nova estação o jardim muda, cada mudança é uma oportunidade de melhora e cada estação tem seu encanto. Outono é tempo de folhas secas, de ocres, marrões, tons avermelhados, amarelados e cores quentes.

Enquanto há quem reclama da queda das folhas e do trabalho adicional que representa ter que recolhê-las, há quem lembra que as folhas secas são um adubo natural, abundante e gratuito. Que utilizar folhas secas como cobertura morta sobre os canteiros tem muitas vantagens.

Protege o solo das mudanças bruscas de temperatura e mantem a temperatura do solo mais estável, menos frio no inverno e protege do calor excessivo no verão.

Amortece o impacto da chuva sobre a terra, evitando assim a compactação excessiva do solo.

Facilita a infiltração de água de chuva ou da irrigação de forma mais lenta o que permite que penetre melhor, sem provocar erosão.

Matéria orgânica utilizada como cobertura morta se transforma em adubo orgânico e melhora a estrutura do solo, além de fornecer nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas.

Ajuda a reduzir o crescimento do mato e facilita a retirada do inço.

Evita a erosão provocada pelas chuvas intensas.

Estimula o desenvolvimento da vida microbiana do solo e aumenta a fertilidade pela presença de minhocas e outros insetos benéficos, que mantem o solo vivo e sadio.

Além das folhas, restos de material orgânico do jardim, que não contenham sementes de mato, podem ser usados como cobertura morta e contribuirão a redução do volume de lixo gerado.

A cobertura morta não tem custo, decompõe mais rapidamente que os chips e as aparas de madeira e tem um melhor resultado para o solo e as plantas.

Economiza em adubos e fertilizantes.

Grama cortada, folhas e galhos de pequeno porte, resultantes das podas de outono e inverno são outros materiais recomendados para usar como cobertura morta ou “mulching”.

19 fevereiro 2019

Como reduzir os custos de manutenção no jardim - Adubação (5)

Como reduzir os custos no jardim – Adubação (5)

Do mesmo jeito que precisamos nos alimentar todos os dias as plantas precisam ser nutridas regularmente. Uma boa adubação é o melhor caminho para um jardim bonito, florido e sadio.

Adubação

Há muitas alternativas para manter um jardim bem adubado, mas o melhor conselho é manter a frequência da adubação. De nada serve fazer uma adubação forte uma única vez ao ano, é melhor adubar periodicamente, no mínimo seria recomendável adubar a cada estação, assim o jardim receberá adubo quatro vezes ao ano, coincidindo com a primavera, o verão, o outono e o inverno. O ideal seria que a adubação fosse ainda mais frequente, quando possível a cada mês.

Muitas pessoas, inclusive profissionais, acham que adubar todos os meses é um exagero. O que precisamos entender é que se a opção for por adubar mensalmente, não quer dizer que utilizaremos uma maior quantidade de fertilizante, quer dizer que distribuiremos a quantidade certa de adubo em 12 doses ou em 12 aplicações. Adubar mais vezes não quer dizer gastar mais em adubo, quer dizer que estaremos garantindo uma adubação melhor, reduziremos as perdas por lixiviação, o desperdício e o risco de sobre adubação, tão comum quando se fazem menos adubações, porem utilizando uma quantidade de adubo maior em cada aplicação. Exagerando o ideal seria, como alguns produtores fazem, adubar todos os 365 dias do ano, porem em pequenas dosagens. Assim cada planta recebe diariamente a quantidade exata de adubo que precisa.

Há uma grande variedade de adubos que podem ser utilizados no jardim, a primeira decisão é escolher entre adubos orgânicos ou adubos químicos. Cada um tem suas vantagens e a escolha não deve ser vista só desde a perspectiva de custo. As vezes o barato sai caro.

Adubos químicos tem maior pureza, fornecem maior quantidade de nutrientes por quilo ou volume de adubo, mas na maioria dos casos não fornecem os microelementos indispensáveis a saúde das plantas e pela sua maior pureza em alguns casos são absorvidos rapidamente, quando pode ser melhor utilizar adubos de lenta liberação. No caso dos adubos orgânicos há uma boa lista disponíveis no mercado que melhoram a fertilidade do solo. Como os estercos, o húmus de minhoca, o compost e os substratos de origem vegetal como as turfas, os restos de folhas decompostas, os fertilizantes resultado da compostagem de produtos agroflorestais como as cascas de pinus ou arroz, a fibra de coco. Também devem ser utilizados fertilizantes como o Calcário de Conchas que possui teor mínimo de 96% de CaCO3, o que resultará em 54% de CaO. Trata-se então de um Calcário Calcítico de alta solubilidade e concentração, o que o torna muito importante como corretivo de acidez e como regulador da relação Ca : Mg.

A quantidade de adubo dependerá de cada planta, do seu porte, da sua idade, da época do ano, do estado vegetativo e do clima da região. Plantas maiores, como arvores e palmeiras podem ser adubadas com 300 a 500 g por planta e ano. Arbustos de porte grande com 200 a 350 g por planta e ano e para plantas perenes 100 a 300 g por metro quadrado e ano fornecem uma boa quantidade de nutrientes. Plantas mais vigorosas e de desenvolvimento mais rápido precisaram de dosagens maiores e a formulação adequada dependerá do tipo de plantas, as plantas de flor precisam menos N (nitrogênio) e de mais P (fosforo) e K (potássio). As plantas em fase de crescimento ou de folhagem intenso, responderão melhor a adubações com mais Nitrogênio. 

Formulações comuns no mercado são a 4-14-08 para floração e frutificação, outra facilmente encontrada é 07-11-09 que uma boa formulação para desenvolvimento geral, contem 7% de Nitrogênio (N), 11% de Fósforo (P2O5), 9% de Potássio (K20) e outros elementos indispensáveis como: Boro, Zinco, Cálcio, Magnésio, Enxofre, Ferro, tanto para crescimento, como para floração. Para manter as plantas verdes e obter um bom desenvolvimento a melhor alternativa é um fertilizante granulado e concentrado, de ação verdejante notável, 45% de Nitrogênio. É especialmente indicado para aplicações em solução. Como é rápido e totalmente solúvel, pode ser aplicado diretamente na água da rega. Quando diluído, em doses convenientes também pode ser aplicado em pulverização foliar, e não deixa resíduo nem entope os bicos dos pulverizadores. Como a UREIA contém nitrogênio sob forma orgânica, abastece as plantas de nitrogênio durante muito tempo.


O conselho é adubar com pouca quantidade de fertilizante, mas faze-lo com frequência. Escolher a mistura adequada de adubos orgânicos e químicos que forneçam a melhor proporção de macro e micronutrientes e lembrar que plantas bem adubadas são plantas sadias e menos sujeitas a doenças e ataques de pragas. 

15 janeiro 2019

Como reduzir os custos de manutenção do jardim - Flores e cores (4)


Flores e cores.

“Flores de época ou de estação são caras e devem ser evitadas para reduzir custos.” Cuidado isso não sempre é verdadeiro. Um jardim deve ter cor e flores são uma das melhores formas de ter um jardim colorido. Não são a única alternativa, porque podemos utilizar também plantas com folhagem colorida para dar cor ao jardim. Quando escolhemos utilizar flores, podemos faze-lo com flores de época ou com plantas perenes de flor, cada uma das alternativas tem seus pontos fortes e pontos fracos.



Cor no jardim

Manter um jardim florido é o sonho de todos nos. Ainda que possamos ter um jardim colorido sem flores, a opção de utilizar flores é a que nos proporciona um resultado que nos permite maiores alternativas ao longo do ano e um leque mais amplo de cores, tons e sobre tons. Jardins monocromáticos, de uma única cor, são alternativas interessantes e podem ser utilizadas, mas a escolha natural é a de manter o jardim colorido ao longo de todo o ano, alternando as diferentes floradas ao longo de cada estação.

Um jardim com folhagem de cores diversas terá um custo menor de manutenção, porque não requer trocas e plantas de folhagem coloridas na sua maioria são perenes. A seu favor o menor custo de manutenção, contra o fato que o jardim se mantenha sempre igual, sem as mudanças sazonais e sem alternância de cores ao longo do ano.

Um jardim florido exige um maior conhecimento das plantas, das estações e das cores. É preciso considerar quais as flores que estarão em flor ao mesmo tempo, escolher as ideais para cada espaço e época. Utilizando um disco de cores para desenvolver um projeto que aproveite os contrastes, faça analogias, explore mais as cores primarias que as secundarias, trabalhe e destaque os tons e sobre tons. Para isso podemos utilizar tanto plantas perenes, como plantas de época ou anuais. Lembrando ainda que uma escolha não anula a outra. Assim num mesmo jardim poderemos utilizar uma ou outra alternativa ou ambas ao mesmo tempo, sempre que consideremos ou tenhamos em conta alguns critérios.

Para grandes áreas, as plantas perenes têm um custo menor de manutenção, são mais rústicas, menos exigentes e menos suscetíveis a pragas e doenças. Porem florescem menos vezes ao ano e dificilmente terão uma florada que dure mais de 4 meses, podendo em casos excepcionais manter algumas flores por até 6 meses, mas sem tanta intensidade. Entre as plantas perenes de flor, mais utilizadas, encontramos Lantanas, Hemerocallis, Agapanthus, Ixoras, Alamandas, Plumbago, Begonias entre muitas outras.

Plantas de flor de época devem ser utilizadas nos locais mais nobres do jardim, aqueles mais próximos da passagem de pessoas. A intensidade da floração e a gama de cores proporcionam um atrativo adicional ao jardim. Ideais para destacar entradas, para ser utilizadas em canteiros menores e em vasos e floreiras. Sua florada pode durar de 4 a 6 meses e em alguns casos excepcionais como nos Sunpatiens chegam a florescer durante 12 meses, precisando ser repostos uma única vez ao ano. Entre as flores de época mais utilizadas para paisagismo estão Tagetes, Petunias, Begonias, Mini Dahlias, Salvias e Impatiens.

Na lista das plantas de folhas coloridas para utilizar em paisagismo as mais utilizadas são os Penisetum, Ophiopogon, Syngonium, Pilea, Clorphytum, entre muitas outras.


Para aumentar a duração da floração é importante retirar sempre as flores e folhas murchas, adubar regularmente e manter um regime adequado de regas. 

08 janeiro 2019

O jogo dos 7 erros

Este post é para profissionais e amadores de plantas e jardinagem.
Selecionamos algunas imagens de jardins que apresentam erros grotescos, saberia identifica-los?
Reconhecemos um bom profissional por não cometer erros nos seus trabalhos.