29 agosto 2008

Campus Sociesc - Marques de Olinda


O projeto de Paisagismo de um Campus Universitário é sempre um desafio para quaisquer profissional. O alto nível de exigência, as características únicas deste tipo de projeto e especialmente a necessidade de buscar e conseguir a maior interação com o publico, fazem deste projeto, um projeto especial.

O Campus deve reunir ao mesmo tempo os conceitos de espaço publico, aberto, transparente e de recolhimento, paz e tranqüilidade quase monacal. Como conseguir ao mesmo tempo ser uma praça publica e o claustro de um mosteiro que invite ao estudo e a reflexão?.

Amplos espaços abertos, protegidos pela sombra de Paus-ferro ( Caesalpinea férrea) exemplares, e com bancos de madeira de itauba, que permitem sentar, deitar, namorar.

Um espaço feito para viver, passear, estudar ao ar livre. O acesso a internet sem fio permite inclusive usar o jardim como anexo da sala de aula.

O jardim se complementa por uma arena, construída em arenito vermelho, o amplo espaço semicircular, recupera o conceito da ágora, a praça das cidades gregas, berço da cultura ocidental, espaço para discussão para o debate, para a construção do conhecimento. A arena que tem a planta de um teatro grego, esta formada por uma arquibancada, com capacidade de ate 280 lugares, e um palco que permite apresentações e permitirá a comunidade acadêmica, dispor de um espaço aberto a todo tipo de manifestações artísticas e culturais.

A água tem um destaque especial no projeto, alem do rio Jaguarão que margeia o Campus. Alem de ter as suas margens recuperadas com gaviões de pedra e com a implantação da mata ciliar em toda sua extensão, e servirá de corredor para a avifauna da região, para estimular esta recuperação ambiental, foi priorizada a escolha de arvores frutíferas e palmitos. O projeto de paisagismo previu oito quedas d’agua, que envolvem a arena e alem de proporcionar um efeito relaxante, criam um atrativo adicional.

A área se completa com uma área de preservação permanente, com quase 10.000 m2. A vegetação existente foi incrementada com arvores nativas e foram recuperadas as áreas que ao longo do tempo tinham sofrido algum tipo de degradação.

A fachada da rua Marques de Olinda é imponente e a escolha das palmeiras imperiais (Roystonea oleracea) ajuda a acentuar a escala do prédio e a solução arquitetônica, acentuando a transparência da pele de vidro e ao mesmo tempo servindo de moldura para a construção.

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