28 janeiro 2008


Enquanto Joinville, debate o corte ou não de 46 figueiras, por conta da ameaça que representam para um talude, que depois de décadas a prefeitura decidiu que pode desbarrancar. Outras cidades debatem a necessidade de entender o verde urbano como um investimento e não como um custo.

Entendem os especialistas, reunidos no 2 Congresso Europeu de Cidades Verdes, que os investimentos feitos na melhoria das áreas verdes das cidades, em parques e praças publicas, na implantação e na manutenção, da arborização urbana, representam ganhos significativos para as cidades, que passam a ter maior qualidade de vida.

Temas como conforto urbano, o verde urbano, a vegetação nativa e a vegetação formal, foram amplamente debatidos. A construção de uma visão do verde, que supere a simples abordagem ornamental e se foque na sua contribuição a melhoria da qualidade de vida.

Uma abordagem interessante considera que devemos deixar de olhar a cidade como simples pedestres e passar a ter uma visão como cidadãos. O olhar de quem participa.

É conhecido e esta demonstrado cientificamente que na medida em que os espaços públicos tem melhor qualidade a sociedade os incorpora ao seu quotidiano, as pessoas passam a usar mais os espaços que estão mais bem cuidados e oferecem mais conforto e segurança. Os bairros com praças bem cuidadas e bem iluminadas, apresentam menores índices de violência, tem os seus imóveis mais valorizados e melhoram a autoestima dos seus moradores.

Os espaços verdes são elementos que produzem bem-estar aos cidadãos, a aceitação de um espaço verde pela população cria um forte vinculo afetivo, que o transforma num espaço utilizado, querido e valorizado pelas pessoas.

Da qualidade dos seus espaços verdes, depende em grande forma a qualidade ambiental de uma cidade, o seu grau de coesão social e territorial. Os cidadãos se sentem estimulados a viver e valorizar uma cidade melhor e cada vez mais tem uma consciência clara do que isto representa.

Não estamos falando só de manter o pouco que temos, acreditamos que novas áreas verdes publicas, podem ser incorporadas a paisagem joinvilense, com a recuperação de espaços urbanos, atualmente degradados, abandonados e inseguros.

Publicado no AN Cidade

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