18 agosto 2017

Plantas para interior

Plantas para interior

O aumento da verticalização e a redução das áreas disponíveis para jardim tem impulsado o mercado de plantas para interior. Plantas para interior são aquelas que se adaptam as condições dos ambientes internos de baixa iluminação, pouca ventilação e ambientes mais secos que os habituais. Os espaços internos não são adequados para a maioria de plantas e é preciso conhecer quais as que melhor se adaptam nestas condições adversas.

Paisagistas e jardineiros tem ao longo do tempo selecionado as melhores plantas para estes ambientes e a maioria delas está no mercado desde faz décadas assim que é possível colocar plantas naturais em ambientes internos com segurança.

Como saber quais são as plantas ideais para os ambientes internos? Inicialmente aquelas que requerem pouca luz, plantas que crescem e desenvolvem em ambientes de sombra são uma boa alternativa para ser usadas no interior, mas a maioria das plantas que crescem em ambientes sombrios, são também plantas que preferem ambientes de alta humidade e neste caso não se adaptarão bem aos ambientes internos. Residências são ambientes mais secos que os ambientes naturais por isso devemos escolher plantas que tolerem bem a falta de agua e ambientes mais secos. Assim que plantas que se adaptem a ambientes com pouca luz e baixa humidade são as melhores para utilizar em ambientes internos.

Entre as melhores plantas para estes ambientes recomendamos as Dracenas, Yuccas, Spathiphyllum, Sansevierias, Zamioculcas e os Philodendros. Estas são algumas das mais conhecidas e mais utilizadas, mas para quem queira utilizar outras plantas menos comuns a lista é mais extensa e inclui Rhapis, Pleomeles, Monsteras, Clorophytos e Scindapsus.


Uma boa dica é preferir plantas que tenham sido cultivadas já em ambientes de baixa luminosidade, assim já estão adaptadas as condições de cultivo e não sofrerão com a adaptação as novas condições. Plantas cultivadas em ambientes mais luminosos muitas vezes sofrem ao ser transferidas para ambientes internos e perdem a maioria das folhas, numa situação da que dificilmente chegam a se recuperar. 

Quanto custa um jardim? 2017


Quanto custa um jardim?

Antes de contratar o projeto de paisagismo é cada vez mais comum que o cliente pergunte: quanto vai custar o jardim? A resposta não é simples, dependerá de muitas variáveis:
- O tamanho da área,
- A complexidade da obra,
- O padrão e tipo de plantas,
- O lugar ou aspectos técnicos como a disponibilidade de materiais e insumos perto do local. 

Não vai ter o mesmo custo um jardim de 50 m² numa cobertura que um de 10,000 m² numa chácara. Temos que calcular sempre o preço por m² considerando todas as variáveis e não nos deixar influenciar pelo valor total. Jardins maiores custam sempre muito mais. Quando comparamos o preço total para jardins diferentes acabamos gerando mal entendidos e distorcemos os conceitos de valor e preço.

O setor da construção civil utiliza o CUB (Custo Unitário Básico) como uma referencia de preço e custo, e é importante compreender o impacto deste conceito. O cliente sabe que o preço da sua obra será o resultado de multiplicar o numero de metros quadrados pelo valor do CUB. Poderá ainda calcular e adequar o valor de acordo com o padrão da obra, poderá até fazer ajustes, mas terá uma base de calculo para poder orçar com precisão antes de iniciar a construção.

No paisagismo isso não sempre acontece. Imaginemos uma floreira numa cobertura, em que todos os materiais têm que ser trazidos pelo elevador. Muitos condomínios residenciais definem horários rígidos para entrada de materiais e para a realização de trabalhos de manutenção, o que reduz muito o tempo útil de trabalho. O resultado é que a obra acabara custando muito mais.  A mesma floreira, se estivesse locada na planta baixa do mesmo edifício, poderia custar até 60% menos, utilizando as mesmas plantas e materiais. O mesmo acontece com o tipo de jardim, um canteiro com bromélias, orquídeas ou plantas de alto valor unitário terá um custo por m² superior a um jardim com grama ou forrações de menor custo. O tamanho e a qualidade das plantas tem um peso importante na hora de calcular o custo final do jardim. Podemos especificar arvores de 2,00 m de altura e um DAP (Diâmetro a Altura do Peito) de 2 a 3 cm, ou arvores de 4,00 a 5,00 m e um DAP de 15 a 20 cm, e o preço poderá variar de poucas dezenas de Reais a milhares de Reais por unidade.

Recentemente tivemos duas situações interessantes. No projeto de uma indústria, o cliente nos informou que teríamos um orçamento de R$ 150.000 para o projeto e a execução. O cliente estava nos dizendo que poderíamos elaborar um bom projeto e que não faltariam recursos para fazer um bom jardim. Olhando a planta e num calculo rápido, comentei que a área total a ser trabalhada seria de mais de 100.000 m² e que mesmo com grandes áreas de gramado, como estava previsto, o custo não seria inferior a R$ 1.000.000 e que provavelmente ficaria mais perto do R$ 1.500.000. No primeiro momento ficou surpreso. Achava que tinha previsto um orçamento suficiente para executar um bom projeto de paisagismo e para a implantação do jardim. Ao fazer algumas contas rápidas, na hora percebeu que com o orçamento previsto nem conseguiria colocar grama em toda a área, sem considerar nenhum outro investimento adicional. Não seria possível executar um jardim daquele tamanho pelos valor inicialmente estimado.
Este exemplo não é um caso isolado. Em outro projeto para um condomínio residencial o orçamento foi estimado inicialmente em pouco mais de R$ 60.000 para aproximadamente 2.000 m² de jardim. O investimento total previsto para todo o empreendimento era de mais de R$ 15.000.000 o peso para o projeto de paisagismo representava menos de 0,5% do total do investimento. Um valor baixo demais para um condomínio daquele padrão.

Outra situação que encontramos na hora de projetar ou executar um jardim pequeno é o peso desproporcional que uma pequena intervenção acaba tendo no conjunto. O tamanho de uma unica floreira se acrescidos os custos básicos de visita, trabalho de escritório e acompanhamento o detalhamento representam um valor significativo para um trabalho pequeno em área, mas complexo e envolvente. Neste caso o custo por m² de jardim pode chegar a milhares de Reais o que acaba criando desconforto com os clientes que acham o preço desproporcional.

Estes são parte dos dilemas que enfrentamos na hora de responder a pergunta: Quanto custa o jardim? Com mais de 30 anos de experiência e um milhar de projetos executados temos acabando desenvolvendo e compartilhando com os nossos clientes a logica do CUP (Custo Unitário de Paisagismo) que nos permite informar-lhes na hora em que contrata o projeto qual será o custo aproximado da execução. Desenvolvemos três níveis de custo, de acordo com as variáveis que devem ser consideradas e logicamente estes valores mudam de região para região, mas mantem a sua logica e proporção.

- Nível A – Jardins mais simples, com plantas de menor porte, menor densidade de plantio e utilizando espécies mais rusticas. São jardins com extensões maiores de grama ou forrações. Com arvores de porte menor, até 2 m de altura e menor quantidade de canteiros de flor. Basicamente são jardins com plantas perenes e baixo custo de manutenção. É o padrão para grandes áreas, para projetos imobiliários mais econômicos. Incluem alguns bancos e áreas de pisos, mas preferencialmente utilizam pisos permeáveis de pó de brita ou saibro compactado para os caminhos e circulações.

- Nível B – Jardins de padrão médio. Com arvores de porte médio, com canteiros de flor e utilização de arbustos floríferos. Maior densidade de plantio e utilização de plantas e flores de maior qualidade e preço. Arvores de até 4 metros de altura, palmeiras de 3 a 4 metros e arbustos de mais de 1 metro de altura. Plantas bem desenvolvidas e com maior padrão. Com utilização de chips, adubos de lenta liberação e materiais de acabamento diferenciados. Incorporam equipamentos básicos como bancos e playgrounds de baixa complexidade.

- Nível C – São os jardins de alto padrão, com plantas exemplares. Arvores de mais de 5 metros de altura, que requerem, na construção, da utilização de equipamentos pesados como guindastes e escavadeiras, com obras de complexidade como lagos, córregos, pergolados, áreas de lazer e playgrounds.

Quais os valores para cada nível? No segundo semestre de 2017
Um jardim do nível A,terá um custo entre R$ 55 e R$ 75 por m².
Um jardim de nível B custaria entre R$ 75 e R$ 110 por m²
e para os de nível C o custo por m² se situa entre os R$ 110 e os R$ 170 também por m².
Entendendo que neste ultimo caso o céu seja o limite. Um jardim vertical com orquídeas pode custar até 10 vezes este preço por m². O objetivo não é definir uma “tabela” de preços e sim compartilhar os preços praticados pelo mercado na região norte de Santa Catarina.


Um alerta: desconfie de preços muito baixos. Preços abaixo dos custos reais significam problemas. Ou na qualidade das plantas, ou na troca das plantas especificadas por outras de preço e tamanho inferior. Preços baixos demais significam economia no preparo do solo, nas quantidades de fertilizante, na profundidade de preparo, ou trabalhar com funcionários sem registro, sem equipamentos de segurança e sem treinamento adequados. Não há milagres. Investir num projeto para depois economizar centavos na hora da execução é um erro muito comum. Um erro cometido na maioria das vezes por desconhecimento. Quando não se dispõe de muito dinheiro é preferível investir no preparo do solo e comprar mudas menores, que depois crescerão. O preparo do solo é o alicerce de todo bom jardim.  Um bom projeto especifica as quantidades, os tamanhos, as embalagens e as densidades de plantio. Assim é mais fácil evitar problemas posteriores.



Para ter acesso ao post atualizado (2021): https://aboavistapaisagismo.blogspot.com/2021/07/quanto-custa-um-jardim-2021.html