02 novembro 2017

O projeto do Largo Benjamim Constant em Florianópolis SC

O Projeto de revitalização do Largo Benjamim Constant em Florianópolis SC é o novo desafio do nosso escritório, um trabalho que tem exigido muito esforço, dedicação e o apoio de um grupo grande de profissionais com o mesmo objetivo, recuperar uma área verde ameaçada pelo descaso e o abandono.



Veja o video

03 outubro 2017

Vamos colocar flores no cardápio?

Flores comestíveis

As flores chegaram na cozinha para ficar. O que estava restrito a uma minoria cada vez esta se popularizando mais e há muitas flores para incorporar ao cardápio.  Flores não servem só para dar cor e alegria na cozinha, flores são uma fonte de novos sabores e texturas. A variedade de flores que podemos incorporar a nossa cozinha supera as cinquenta, suficientes para fazer feliz ao chef mais exigente.



Algumas são muito e bem conhecidas de todos os amantes da boa gastronomia outras são novidades que apresentamos para os interessados em conhecer mais sobre o mundo das flores comestíveis. 

Entre as anuais, as perenes e as bulbosas as mais conhecidas são as violetas (Viola odorata), as Begonias, as Calêndulas (Calendula officianlis), a capuchinha ( Tropaeolum majus), o cravo de defunto (Tagetes patula), o cravo comum (Dianthus) e até as margaridas (Chrysanthemum frutescens)



Há também arvores e arbustos de flores comestíveis. Quem não lembra da deliciosa receita de Codornas com pétalas de rosa do filme “Como agua para o Chocolate”? Além das rosas, também as amendoeiras (Prunus dulcis), as Ameixas (Prunus domestica) ou as macieiras (Malus) tem flores comestíveis. Uma das mais conhecidas é o sabugueiro (Sambucus nigra)


Todos conhecem o sabor de aboboras, abobrinhas . alhos e ervilhas, mas poucos tem saboreado as flores destes legumes e hortaliças. Uma boa dica para este mês, descobrir receitas com flores de abobora ou de alho.




O ultimo grupo de flores que se podem utilizar na cozinha são as aromáticas, além das folhas também as flores podem ser utilizadas. As mais conhecidas são a Alfavaca (Ocimum basilicum), a Salvia ( Salvia offiicinalis), Tomilho (Thymus vulgaris), Agrião (Nasturtium officinale) ou o Alecrim (Rosmarinus officinalis).



Cozinhar com flores é uma nova tendência, melhora o sabor, a cor e principalmente é uma oportunidade para aproveitar melhor as plantas e flores do jardim. É bom lembrar que flores para poder ser utilizadas na alimentação humana precisam ser orgânicas, não podem conter produtos químicos e devem ser bem higienizadas. 

18 agosto 2017

Plantas para interior

Plantas para interior

O aumento da verticalização e a redução das áreas disponíveis para jardim tem impulsado o mercado de plantas para interior. Plantas para interior são aquelas que se adaptam as condições dos ambientes internos de baixa iluminação, pouca ventilação e ambientes mais secos que os habituais. Os espaços internos não são adequados para a maioria de plantas e é preciso conhecer quais as que melhor se adaptam nestas condições adversas.

Paisagistas e jardineiros tem ao longo do tempo selecionado as melhores plantas para estes ambientes e a maioria delas está no mercado desde faz décadas assim que é possível colocar plantas naturais em ambientes internos com segurança.

Como saber quais são as plantas ideais para os ambientes internos? Inicialmente aquelas que requerem pouca luz, plantas que crescem e desenvolvem em ambientes de sombra são uma boa alternativa para ser usadas no interior, mas a maioria das plantas que crescem em ambientes sombrios, são também plantas que preferem ambientes de alta humidade e neste caso não se adaptarão bem aos ambientes internos. Residências são ambientes mais secos que os ambientes naturais por isso devemos escolher plantas que tolerem bem a falta de agua e ambientes mais secos. Assim que plantas que se adaptem a ambientes com pouca luz e baixa humidade são as melhores para utilizar em ambientes internos.

Entre as melhores plantas para estes ambientes recomendamos as Dracenas, Yuccas, Spathiphyllum, Sansevierias, Zamioculcas e os Philodendros. Estas são algumas das mais conhecidas e mais utilizadas, mas para quem queira utilizar outras plantas menos comuns a lista é mais extensa e inclui Rhapis, Pleomeles, Monsteras, Clorophytos e Scindapsus.


Uma boa dica é preferir plantas que tenham sido cultivadas já em ambientes de baixa luminosidade, assim já estão adaptadas as condições de cultivo e não sofrerão com a adaptação as novas condições. Plantas cultivadas em ambientes mais luminosos muitas vezes sofrem ao ser transferidas para ambientes internos e perdem a maioria das folhas, numa situação da que dificilmente chegam a se recuperar. 

Quanto custa um jardim? 2017


Quanto custa um jardim?

Antes de contratar o projeto de paisagismo é cada vez mais comum que o cliente pergunte: quanto vai custar o jardim? A resposta não é simples, dependerá de muitas variáveis:
- O tamanho da área,
- A complexidade da obra,
- O padrão e tipo de plantas,
- O lugar ou aspectos técnicos como a disponibilidade de materiais e insumos perto do local. 

Não vai ter o mesmo custo um jardim de 50 m² numa cobertura que um de 10,000 m² numa chácara. Temos que calcular sempre o preço por m² considerando todas as variáveis e não nos deixar influenciar pelo valor total. Jardins maiores custam sempre muito mais. Quando comparamos o preço total para jardins diferentes acabamos gerando mal entendidos e distorcemos os conceitos de valor e preço.

O setor da construção civil utiliza o CUB (Custo Unitário Básico) como uma referencia de preço e custo, e é importante compreender o impacto deste conceito. O cliente sabe que o preço da sua obra será o resultado de multiplicar o numero de metros quadrados pelo valor do CUB. Poderá ainda calcular e adequar o valor de acordo com o padrão da obra, poderá até fazer ajustes, mas terá uma base de calculo para poder orçar com precisão antes de iniciar a construção.

No paisagismo isso não sempre acontece. Imaginemos uma floreira numa cobertura, em que todos os materiais têm que ser trazidos pelo elevador. Muitos condomínios residenciais definem horários rígidos para entrada de materiais e para a realização de trabalhos de manutenção, o que reduz muito o tempo útil de trabalho. O resultado é que a obra acabara custando muito mais.  A mesma floreira, se estivesse locada na planta baixa do mesmo edifício, poderia custar até 60% menos, utilizando as mesmas plantas e materiais. O mesmo acontece com o tipo de jardim, um canteiro com bromélias, orquídeas ou plantas de alto valor unitário terá um custo por m² superior a um jardim com grama ou forrações de menor custo. O tamanho e a qualidade das plantas tem um peso importante na hora de calcular o custo final do jardim. Podemos especificar arvores de 2,00 m de altura e um DAP (Diâmetro a Altura do Peito) de 2 a 3 cm, ou arvores de 4,00 a 5,00 m e um DAP de 15 a 20 cm, e o preço poderá variar de poucas dezenas de Reais a milhares de Reais por unidade.

Recentemente tivemos duas situações interessantes. No projeto de uma indústria, o cliente nos informou que teríamos um orçamento de R$ 150.000 para o projeto e a execução. O cliente estava nos dizendo que poderíamos elaborar um bom projeto e que não faltariam recursos para fazer um bom jardim. Olhando a planta e num calculo rápido, comentei que a área total a ser trabalhada seria de mais de 100.000 m² e que mesmo com grandes áreas de gramado, como estava previsto, o custo não seria inferior a R$ 1.000.000 e que provavelmente ficaria mais perto do R$ 1.500.000. No primeiro momento ficou surpreso. Achava que tinha previsto um orçamento suficiente para executar um bom projeto de paisagismo e para a implantação do jardim. Ao fazer algumas contas rápidas, na hora percebeu que com o orçamento previsto nem conseguiria colocar grama em toda a área, sem considerar nenhum outro investimento adicional. Não seria possível executar um jardim daquele tamanho pelos valor inicialmente estimado.
Este exemplo não é um caso isolado. Em outro projeto para um condomínio residencial o orçamento foi estimado inicialmente em pouco mais de R$ 60.000 para aproximadamente 2.000 m² de jardim. O investimento total previsto para todo o empreendimento era de mais de R$ 15.000.000 o peso para o projeto de paisagismo representava menos de 0,5% do total do investimento. Um valor baixo demais para um condomínio daquele padrão.

Outra situação que encontramos na hora de projetar ou executar um jardim pequeno é o peso desproporcional que uma pequena intervenção acaba tendo no conjunto. O tamanho de uma unica floreira se acrescidos os custos básicos de visita, trabalho de escritório e acompanhamento o detalhamento representam um valor significativo para um trabalho pequeno em área, mas complexo e envolvente. Neste caso o custo por m² de jardim pode chegar a milhares de Reais o que acaba criando desconforto com os clientes que acham o preço desproporcional.

Estes são parte dos dilemas que enfrentamos na hora de responder a pergunta: Quanto custa o jardim? Com mais de 30 anos de experiência e um milhar de projetos executados temos acabando desenvolvendo e compartilhando com os nossos clientes a logica do CUP (Custo Unitário de Paisagismo) que nos permite informar-lhes na hora em que contrata o projeto qual será o custo aproximado da execução. Desenvolvemos três níveis de custo, de acordo com as variáveis que devem ser consideradas e logicamente estes valores mudam de região para região, mas mantem a sua logica e proporção.

- Nível A – Jardins mais simples, com plantas de menor porte, menor densidade de plantio e utilizando espécies mais rusticas. São jardins com extensões maiores de grama ou forrações. Com arvores de porte menor, até 2 m de altura e menor quantidade de canteiros de flor. Basicamente são jardins com plantas perenes e baixo custo de manutenção. É o padrão para grandes áreas, para projetos imobiliários mais econômicos. Incluem alguns bancos e áreas de pisos, mas preferencialmente utilizam pisos permeáveis de pó de brita ou saibro compactado para os caminhos e circulações.

- Nível B – Jardins de padrão médio. Com arvores de porte médio, com canteiros de flor e utilização de arbustos floríferos. Maior densidade de plantio e utilização de plantas e flores de maior qualidade e preço. Arvores de até 4 metros de altura, palmeiras de 3 a 4 metros e arbustos de mais de 1 metro de altura. Plantas bem desenvolvidas e com maior padrão. Com utilização de chips, adubos de lenta liberação e materiais de acabamento diferenciados. Incorporam equipamentos básicos como bancos e playgrounds de baixa complexidade.

- Nível C – São os jardins de alto padrão, com plantas exemplares. Arvores de mais de 5 metros de altura, que requerem, na construção, da utilização de equipamentos pesados como guindastes e escavadeiras, com obras de complexidade como lagos, córregos, pergolados, áreas de lazer e playgrounds.

Quais os valores para cada nível? No segundo semestre de 2017
Um jardim do nível A,terá um custo entre R$ 55 e R$ 75 por m².
Um jardim de nível B custaria entre R$ 75 e R$ 110 por m²
e para os de nível C o custo por m² se situa entre os R$ 110 e os R$ 170 também por m².
Entendendo que neste ultimo caso o céu seja o limite. Um jardim vertical com orquídeas pode custar até 10 vezes este preço por m². O objetivo não é definir uma “tabela” de preços e sim compartilhar os preços praticados pelo mercado na região norte de Santa Catarina.


Um alerta: desconfie de preços muito baixos. Preços abaixo dos custos reais significam problemas. Ou na qualidade das plantas, ou na troca das plantas especificadas por outras de preço e tamanho inferior. Preços baixos demais significam economia no preparo do solo, nas quantidades de fertilizante, na profundidade de preparo, ou trabalhar com funcionários sem registro, sem equipamentos de segurança e sem treinamento adequados. Não há milagres. Investir num projeto para depois economizar centavos na hora da execução é um erro muito comum. Um erro cometido na maioria das vezes por desconhecimento. Quando não se dispõe de muito dinheiro é preferível investir no preparo do solo e comprar mudas menores, que depois crescerão. O preparo do solo é o alicerce de todo bom jardim.  Um bom projeto especifica as quantidades, os tamanhos, as embalagens e as densidades de plantio. Assim é mais fácil evitar problemas posteriores.



Para ter acesso ao post atualizado (2021): https://aboavistapaisagismo.blogspot.com/2021/07/quanto-custa-um-jardim-2021.html

15 março 2017

Dedo verde

Dedo verde

Quando falamos de plantas e de jardinagem surge muitas vezes a expressão “Dedo verde”, a expressão que originalmente vem do inglês e que lá é “Green Thumb” se traduziria melhor como polegar verde.  Há pessoas que tem o dedo verde ou o polegar verde, são os que tem “Boa mão” com as plantas. Todos gostaríamos de ter essa habilidade. Habilidade que precisa também um muito de conhecimento. Impossível não sentir um pouco de inveja quando vemos um jardim impecável, porque todas as plantas estão sadias, bonitas e os canteiros floridos.

Como não todos temos a mão verde e antes que comecemos a desistir de ter vasos em casa ou nos atrevamos a plantar algumas flores nos canteiros é bom saber que não é tão difícil e que além de conhecimento e habilidade há algumas plantas que fazem que este desafio seja mais fácil de superar.
Para fazer que os jardineiros amadores tenham mais sucesso nas suas empreitadas e que os jardins sejam mais bonitos selecionamos uma lista de plantas que sobrevivem aos piores jardineiros. Aquelas que são difíceis de matar. As plantas que podem ficar semanas e meses sem ser regadas, ou que precisam de pouca luz. Plantas que se adaptam aos ambientes internos com baixa iluminação, com ar condicionado ou com proprietários que não lembram que as plantas precisam de fertilizante e agua para sobreviver.

Entre as campeãs de resistência selecionamos cinco. Há outras muitas plantas que incluiremos numa segunda lista. Empezemos com as cinco mais.

1.       Sansevieria
2.       Monstera
3.       Yucca
4.       Pleomele
5.       Clorphytum



Sansevieria é uma das plantas que melhor resiste a longos períodos de seca e a pouca luz. Conhecida por “Espada de São Jorge” ou por “Lança” são fáceis de cultivar. Há uma boa lista de espécies do gênero Sansevieria que podem ser usadas para interior. São todas muito resistentes e toleram do sol intenso a meia sombra. Precisa ser regada só quando o substrato esteja seco e no inverno a quantidade de agua pode se reduzir a metade. Resiste a longos períodos sem agua, podendo chegar a dois ou três meses. As plantas das espécies S. trifasciata são muito apreciadas e também as da S. cylindrica.



Monstera é o nome técnico da costela de Adão ou do Abacaxi japonês. Não tem nenhuma relação nem com o abacaxi, nem com o Japão. São plantas originarias das florestas tropicais sul-americanas. As folhas de cor verde intenso e de formas recortadas o que lhe conferem um atrativo adicional. Na natureza utiliza os troncos das arvores para crescer em direção a luz. Em vaso deve deixar que cresça naturalmente, sem podas e com poucas regas. Não é muito exigente em quanto a fertilizante e cresce bem em qualquer ambiente. Precisa de vasos maiores, que as outras plantas da nossa seleção, porque a pesar de ter um crescimento lento, com o tempo as folhas alcançam um bom tamanho. O fruto é comestível e o seu nome técnico completo Monstera deliciosa já da uma boa dica do sabor e de como é apreciado.



Yucca é outra das plantas que é difícil de matar. Pela sua forma e seu porte é polivalente e pode ser usada com porte de arvore pequena, em vasos menores ou formando um conjunto vertical num corredor com pouca luz. Resiste bem ao sol direto e também a meia sombra. Precisa de poucas regas e pode passar meses inteiros sem precisar ser regada. Também é originaria da América tropical e cresce bem em vasos. Pode chegar a ter problemas por excesso de agua. Mas se adapta muito bem nos ambientes secos e com pouca luz de escritórios e residências. É uma das sobreviventes que merecem um lugar de destaque nesta lista. Yucca elephantipes é uma das melhores. As plantas da espécie angustifólia são menos recomendadas.



Pleomele também conhecida pelo seu antigo nomes de Dracaena reflexa é uma das melhores opções para os nossos jardineiros amadores. Quase impossível de destruir a Pleomele é de origem africano e se adaptou muito bem aos ambientes secos de escritórios e residências. É bom lembrar que o ar condicionado resseca os ambientes e muitas plantas não toleram ambientes muito secos. Por isso as plantas de folhas mais duras e brilhantes tem uma resistência maior. No caso das pleomeles é bom prestar atenção, porque não todas as espécies ou variedades tem a mesma capacidade de adaptação. As plantas de folhas variegadas não são recomendadas porque precisam de muita luz. As melhores são as Pleomele reflexa, a Pleomele thalioides e há uma nova variedade muito interessante que é denominada “Anita”.



Chlorophytum, o clorofito é uma planta pouco utilizada por não ser suficientemente conhecida a sua rusticidade, a sua durabilidade e a sua resistência. As suas folhas variegadas proporcionam cor e oferecem uma boa alternativa em ambientes internos.  Tem um grande potencial para jardins verticais e cultivado em cuias ou em vasos pendentes as suas mudas novas formam uma bela composição. É muito resistente a pragas e doenças e pode passar longos períodos sem precisar ser ne fertilizada, nem regada. Não tolera sol direto e só deve ser regada quando o substrato seque completamente.

23 fevereiro 2017

Um jardim mais vivo é um jardim mais atrativo.

Um jardim mais vivo é um jardim mais atrativo.



O jardim é o espaço em que a mão de home organizou a natureza. Há no jardim uma busca do belo, do natural. No projeto do jardim há a recuperação do Paraíso perdido. O desejo de voltar a recriar o jardim do Éden bíblico. Esse jardim idílico não é só um jardim de flores, perfumes e cores. É um jardim de sabores, de texturas e de formas em equilíbrio. No nosso imaginário o jardim do Éden tinha, além de plantas e flores, animais vivendo em harmonia.




E é este um dos objetivos que buscamos nos projetos. Construir espaços que permitam que pessoas, animais e plantas possam conviver em equilíbrio. Já comentamos sobre o uso de arvores frutíferas no jardim. A inclusão de arvores nativas ou exóticas que atraiam animais é uma constante nos nossos projetos e esta preocupação aumenta a cada dia. Há uma seleção de plantas que produzem frutas comestíveis para as pessoas. Também há as que atraem pássaros frutívoros. Aqueles que preferem se alimentar de frutas e muitas destas arvores e arbustos tem nas suas frutas um elemento decorativo importante. Assim é possível unir a beleza das frutas o atrativo de ter um jardim cheio de pássaros. Sábias, Bem-te-vis, Saíras, Bonito lindos são algumas das aves que podemos encontrar hoje nos jardins urbanos. Como resultado do aumento do plantio de arvores frutíferas. Mas há ainda muito mais que podemos fazer. Escolher flores que atraiam os beija-flores é acrescentar um atrativo adicional ao jardim. Entre as plantas que atraem insetos e beija-flores destaque especial para as Lantanas, Justicias, Lavandas, Pentas, Hemerocallis ou Zinnias por exemplo. Assim podemos ir além das propostas tradicionais e escolher um jardim que nos surpreenda a cada estação com novos atrativos. 

16 fevereiro 2017

Coisas que encontramos por ai

No dia a dia é fácil encontrar situações que nos levam a pensar, por que não contrataram um profissional?

As vezes há uma falsa imagem de economia.  O cliente por desconhecimento acha que não precisa contratar um paisagista. É comum achar que o jardineiro resolverá. Estas e muitas outras são as razões que levam os clientes a não contratar um profissional e acabam caindo nas mãos de amadores. Lembra aquela frase de que o barato sai caro? Pois aqui colocamos um exemplo.






Quanto custaram as Ixoras? Quanto custou a grade? Este é um daqueles casos em que o serralheiro faturou mais que o jardineiro. Sem contar com o prejuízo a imagem institucional da empresa que insiste em manter um absurdo destes na frente? Qual o resultado final? 

30 janeiro 2017

Um Pomar no jardim

Um pomar no jardim



Nos nossos projetos é cada vez mais comum que os clientes nos peçam para incluir ou considerar um pomar. É uma demanda que sempre atendemos com ilusão. Mesmo que tenha mudado muito ao longo do tempo. Que frutíferas escolher? Como o pomar e o jardim se integram? Qual o tamanho ideal? Muitas perguntas e não sempre há uma única resposta.

Nossa primeira proposta é que no jardim devemos evitar um pomar com aquelas frutas que normalmente podemos comprar na quitanda ou que podemos encontrar facilmente no mercado. Não faz sentido imaginar um pomar com laranjas, maçãs ou bananas. O pomar nos remete a um espaço lúdico, um espaço em que recuperemos o prazer de colher à fruta diretamente da arvore. Melhor ainda se a aventura de colher a fruta vem acompanhada de subir na arvore e alcançar os galhos mais altos buscando as frutas mais suculentas e atrativas.

Neste sentido a nossa proposta sempre prioriza as frutíferas nativas, especialmente aquelas que nos remetem a infância. Reproduzir um pomar imaginário ou real em que as estações são um percorrido pelos sabores e lembranças da infância é um atrativo adicional. Melhor escolher Araçá que Goiaba. Melhor Grumixama, ou Pitangueira que maça. Cambucá, Jabuticabeira ou Jambolão são outras opções que não falham. Jambo, Acerola, Cabeludinha ou Lichia são opções que fazem o projeto do pomar mais interessante. Até o Tucum, o Açaí, o Butiá ou a Guabiroba são algumas das opções que podemos considerar. O importante é conhecer o tamanho, o seu desenvolvimento e principalmente se são frutas que o cliente gosta, não faz sentido escolher arvores das que ninguém goste.

A variedade e a riqueza da flora brasileira nos permitem escolher entre decenas de especies. Neste sentido as Eugenias, os Psidium são generos com grande potencial, mas nenhum com tanto potencial paisagistico como as Myrciarias. 


Depois é esperar que crescessem para que na época certa possamos colher as frutas diretamente do pé. Fazer geleias, marmeladas e doces. Sem esquecer que além de frutas deliciosas as arvores frutíferas enfeitam os jardins com flores e perfumes. Assim que vamos incluir pomares nos nossos jardins, frutas nativas o exóticas que criem um atrativo ainda maior aos nossos projetos.

26 janeiro 2017

Jardim em Joinville SC

 Em Joinville SC o espaço do jardim ficou espremido entre os muros das residencias vizinhas. A solução foi vestir os muros de verde e fazer que o jardim tomasse as paredes.

O cinza do concreto se veste de verde. As Tetrastygmas e os Cissus crescem de forma luxuriante e criam um recanto de paz.



As janelas da sala, que davam para um estreito corredor tecnico, ganharam vida e o corredor tecnico deu lugar a um jardim vertical. Um cenario infinito de verdes e texturas. A luz filtrada entre folhas e galhos enche a sala e traz o jardim para dentro da casa.


25 janeiro 2017

Curso de Paisagismo


Estamos oferecendo o curso ‘Passo a passo do projeto de paisagismo’ onde gostaríamos de compartilhar com nossos amigos, clientes e parceiros um pouco mais sobre nossas experiências adquiridas ao longo destes 30 anos.

O curso possibilitará ao participante conhecer os conceitos básicos utilizados na elaboração de um projeto paisagístico, unindo a teoria e a prática através de exercícios desenvolvidos durante as aulas. Terá a duração de 36 horas divididos em 3 finais de semanas.

Para mais informações e garantir a sua vaga acesse: https://goo.gl/SzyaRv

Vídeo de divulgação:



04 janeiro 2017

O jardim de Procusto

Primeiro devo esclarecer que o titulo deste post é um plagio descarado. Mas não pude evitar copiar. Quando alguem faz melhor que a gente temos que ser sinceros e admiti-lo.

Para quem não lembra, Procusto é, ou melhor era, o dono de uma hospederia na Grecia antiga que obrigava os seus hospedes a dormir em camas nas que deveriam caber perfeitamente. Se a cama era grande demais, os esticava com cordas e correntes até que ficassem do tamanho da cama, se o "hospede" era grande demais para o comprimento da cama, lhe cortava as pernas. Desnecessario dizer que nenhum dos hospedes sobrevivia ao dia seguinte. A sua perversão era tal que tinha uma cama que mudava de tamanho para se "adaptar", só que não #sqn ao tamanho do "hospede", se o hospede era alto o colocava numa cama pequena e se era baixo esticava a cama para que ficasse grande demais.

E para que toda esta historia? pois para lembrar que há muitos jardineiros metidos a emular a Procusto. Que a planta não cabe? pois a corta-la. Que o canteiro ficou pequeno demais? Tessoura ou facão nela.

Estas imagens são de Florianópolis, na frente de um conhecido hotel, na badalada Beiramar norte.



Nem é preciso dizer que a fiação estava la antes e que o tamanho do canteiro é pequeno demais.